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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mitos e verdades sobre o sexo anal

Vale a pena quando os dois querem, dizem sexólogos

Os especialistas são unânimes: vale a pena experimentar o sexo anal, desde que o casal esteja de acordo. Cercada de tabus e preconceitos, essa prática pode ser fonte de prazer para qualquer gênero. "No sexo, qualquer prática só tem sentido se o casal quiser", diz a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, do Rio de Janeiro, autora do livro A Cama na Varanda (Editora Best Seller), entre outros títulos.

A importância de conhecer mais sobre o assunto é reforçada pelos dados do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, coletados pelo ProSex (Projeto Sexualidade, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) com 6.923 pessoas em 2004. Os números apontam que o sexo anal faz parte da vida de 28,4% dos homens, e de 15% das mulheres.

Portanto, os números não deixam dúvidas: o sexo anal povoa mais as fantasias masculinas que femininas. "O homem, por causa de nossa cultura, pensa nesse tipo de sexo como uma conquista sexual especial", diz o urologista, sexólogo e terapeuta sexual Celso Marzano, diretor do Cedes (Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade), autor do livro O Prazer Secreto (Editora Eden). "Por ser uma região apertada, que faz mais pressão sobre o pênis, excita bastante o homem. Além disso, no momento da penetração, a mulher geralmente fica numa posição imobilizada, e o parceiro tem total controle sobre a situação", diz a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello.

Muitos homens adoram essa prática e insistem com suas parceiras. "Mas se a mulher não gosta de sexo anal e faz só para agradar o parceiro, porque tem medo de perdê-lo, vai acabar cobrando isso mesmo inconscientemente, o que não é bom para a relação", diz Regina. Os especialistas recomendam, portanto, a velha e boa conversa. "O homem é mais atirado: fala ou passa mão, dando dicas do que quer. Mas a questão precisa ser abordada verbalmente", diz Carla.

Para Marzano, o tabu sobre assunto passa pela educação: as pessoas não aprendem a expor desejos, fantasias e dúvidas a respeito desse assunto. "Pelo contrário, o estímulo sempre nos foi dado para que não falássemos sobre ¿certos¿ temas para preservar a imagem perante a pessoa amada." Mas o silêncio só faz com que o casal deixe de vivenciar momentos de maior intimidade e muitos partem para a "prática clandestina", ou seja, fora de casa, com outros parceiros, ou entre si, mas nunca conversam sobre o que estão fazendo. "A única solução para resolver esta questão é sentar e conversar. Por mais difícil que possa parecer, vale o esforço, porque a relação fica muito mais prazerosa." Para Carla, se o relacionamento é bom, a mulher sente-se segura e protegida, e, assim, vale ao menos experimentar. "Se não gostar, ela deve ter um papo honesto com o parceiro. E nunca fazer só para agradar o parceiro."

Especialistas tiram 10 dúvidas sobre o sexo anal

O Terra levantou 10 perguntas frequentes quando o assunto é sexo anal. Para responder, foram convidados três especialistas: a psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins, do Rio de Janeiro, autora do livro A Cama na Varanda (Best Seller); o urologista, sexólogo e terapeuta sexual Celso Marzano, diretor do Cedes (Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade), autor do livro O Prazer Secreto (Editora Eden) sobre sexo anal; e a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello. Confira:


1) Sexo anal dói? Por quê? 

A crença de que a estimulação anal, principalmente o coito, tem de machucar ou doer é falsa. A maioria dos praticantes do sexo anal não tem dor alguma. Esse medo assusta e afugenta a maioria das pessoas desta prática sexual. Entre os homossexuais, cuja prática anal é constante, a dor é praticamente ausente. Se presente em pequena intensidade e só na penetração, não atrapalha o prazer. Portanto, Marzano alerta: sempre que existir dor significa que algo está inadequado naquele momento.

2) Com o tempo a dor passa? 

Tudo o que acontece na vida, tanto as experiências positivas quanto as negativas, influenciam as emoções e a resposta sexual. Experiências sexuais traumáticas, por exemplo, marcam e sempre são lembradas em ocasiões semelhantes. No entanto, o fato de ter ocorrido dor ou desconforto em certa ocasião sexual (como sexo anal) não significa obrigatoriamente que as mesmas sensações voltarão. Não é somente o desejo de ter uma relação anal que impede o desconforto. São necessários outros parâmetros para o total relaxamento muscular.

Uma tensão anal crônica por obstipação, fissuras anais ou hemorroidas inflamadas são as causas mais comuns de desconforto durante o sexo. A tensão pode diminuir com manobras tipo toque digital na pele ao redor do ânus, por lubrificantes à base de água, por respiração relaxante, pela certeza de que o parceiro não será intempestivo e agressivo ou por masturbação simultânea. Em resumo, qualquer atividade que tire a ideia da dor poderá ter como resultado uma nova oportunidade erótica, com maior entrega sexual, sem dor ou traumas, independentemente de antecedentes desconfortáveis.

3) Mulheres podem ter prazer com o sexo anal?

Homens e mulheres podem e chegam ao orgasmo com frequência no sexo anal, segundo os especialistas. Marzano conta que, em entrevistas com praticantes, muitos relatam orgasmos com uma estimulação genital concomitante. Outros não chegam ao ápice, mas não veem nisso uma derrota, e sim uma forma de aproximação, carinho e amor. As mulheres têm maior possibilidade do orgasmo quando praticam contrações musculares da vagina e da região pélvica, que aumentam a sua excitação, somada ao efeito da fantasia excitante de estar sendo penetrada. "Estimular o clitóris também é um caminho para se chegar ao orgasmo no sexo anal", diz Carla Cecarello.

A excitação aumenta também no sexo anal quando os participantes estão envolvidos em muita fantasia e imaginação. Segundo Marzano, existem depoimentos claros, tanto de homens como de mulheres, que relatam ter orgasmos sem qualquer outra estimulação concomitante. A experiência, a excitabilidade e a erotização individual do ser humano, portanto, é que determinam estas diferenças na resposta sexual.

4) Existe uma posição ideal?

A melhor posição sexual para a prática do sexo anal é aquela em que os parceiros ficam descontraídos e relaxados. A tentativa e o experimentar são válidos para se saber qual é a melhor posição dos corpos, em que a penetração é facilitada, sem dificuldades e sem dor. Estes são os parâmetros para uma realização sexual também no sexo anal. Segundos os praticantes, uma posição confortável é deitado lado a lado (o penetrado fica de costas para o parceiro).

5) É preciso usar camisinha sempre? Por quê?

A camisinha é a melhor prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis e o mais importante recurso na prevenção contra a Aids. No Brasil, são fabricadas cerca de 25 milhões de unidades por mês. Deve ser usada para evitar que o sangue, esperma e outras secreções passem de um parceiro para o outro. "No sexo anal, seu uso é obrigatório, já que a mucosa anal absorve facilmente vírus e bactérias. Além disso, há restos de fezes que podem entrar no canal da uretra, se depositar ali e causar coceiras e corrimentos no homem", explica Carla.

Mas nem sempre o método é bem aceito pelos parceiros, que alegam diminuição do prazer. "Fala-se, popularmente, que é como chupar bala com papel, o que não é verdade, devido à alta qualidade dos preservativos atualmente, com texturas apropriadas e espessuras muito finas, que não tiram o prazer nem diminuem a sensibilidade", completa Marzano.

6) A vagina pode ser penetrada após o sexo anal?

Nunca após a penetração anal deve existir penetração vaginal. Também a manipulação com os dedos no ânus nunca deve ser seguida de manipulações vaginais. Tanto o pênis, como os dedos e vibradores, se penetrados no ânus, com ou sem camisinha, são contaminados com fezes ou com secreções fecais, nem sempre visíveis, e não devem ser sugados ou penetrados na vagina ou na boca. De acordo com Marzano, essas contaminações e infecções podem ser graves levando a consequências sérias, como infertilidade, pelviperitonite (infecção da região da bacia e abdome) com ou sem cirurgia, dores e tratamentos longos com antibióticos.

7) Sexo anal causa hemorróida?

Sexo anal, ao contrário do que muitos imaginam, não provoca hemorroidas, segundo Marzano. "Isso é mito, vem de uma crença e de educação preconceituosas de que o sexo é só para reprodução, portanto, só vaginal." Entretanto, se o sexo anal for praticado no período de inflamação da hemorroida, agravará o quadro, além de causar muita dor.

Hemorroidas são tecidos que contêm veias e que estão localizados nas paredes do reto e do ânus. Podem inflamar e desenvolver um coágulo sanguíneo (trombo), sangrar ou tornar-se dilatadas e protuberantes. As que permanecem no ânus são denominadas hemorroidas internas e aquelas que se projetam para fora do ânus são as externas. "Mais de 80% da população convive com elas, mas, por medo ou vergonha, poucas pessoas procuram ajuda médica", relata o urologista.

8) É perigoso defecar durante o sexo anal?

Segundo especialistas, é difícil. Se houver o preparo anterior com uma evacuação, não existe o risco de defecar no ato.

9) Se o sexo anal se tornar frequente, é possível ter afrouxamento do ânus e consequente incontinência fecal?

Isso é raro nessa prática sexual. O ânus tem dois esfíncteres musculares em forma de anel que funcionam de forma independente. O esfíncter externo é voluntário (você tem controle dele), já o interno é involuntário. No primeiro, o controle é similar ao dos músculos da mão, isto é, você contrai e relaxa quando quiser. O outro esfíncter é controlado pela parte autônoma do sistema nervoso central, como os músculos do coração. Ele reflete e responde ao medo e à ansiedade durante o sexo anal.

Marzano explica que, quando ocorre uma penetração sem que o indivíduo esteja preparado, com os músculos dos esfíncteres contraídos, pode ocorrer trauma com ruptura de fibras musculares, gerando dor ou sangramento. Para um relaxamento melhor no ato sexual, muitas vezes um treinamento prévio ajuda. Treinar no banho com a introdução do dedo. "Com o tempo, os músculos responderão à sua vontade, simplesmente conforme você for prestando mais atenção àquela região que você pretende relaxar", ensina o médico.

10) O homem que gosta de ser acariciado no ânus pode ser considerado homossexual?

"De forma nenhuma. A região de nádegas e ânus é igual em homens e mulheres, e as sensações ao toque são as mesmas", explica Marzano. Regina Navarro Lins diz que hoje os homens têm menos pavor de serem estimulados nessa parte do corpo do que antigamente, quando não deixavam chegar perto, já que associavam isso à homossexualidade. "Recebo muitos e-mails de mulheres contando que o parceiro pediu para acariciar o ânus ou penetrá-lo com o dedo. E também de homens dizendo que não são gays, mas gostam disso." Existe uma preocupação muito grande que isso esteja ligado com a homossexualidade, mas, segundo a sexóloga, não existe relação. "A homossexualidade é caracterizada pela escolha do objeto do amor do mesmo sexo. Além disso, a região anal é uma área com muitas terminações nervosas, altamente erógena para homens e mulheres,"

Veja dicas para iniciantes

Depois de tudo conversado e combinado, vamos à prática. Há técnicas para começar o sexo anal sem causar traumas. Para isso, confira as dicas dos especialistas Carla Cecarello, Celso Marzano e Regina Navarro Lins.

1) A penetração anal deve ser um processo lento e gradual. Paciência é crucial. Cada casal deve criar o seu próprio ritmo para que o sexo anal dê certo. Como esta prática sexual precisa de tempo, não é uma boa opção quando se quer ter um envolvimento erótico rápido ou se estiver em local não adequado. Se estiver ansioso, estressado ou nervoso, por qualquer motivo, esta prática deve ser protelada. Quanto mais tempo tem no início, mais benefício terá no final. 

2) Se a mulher tem intestino preso, a penetração vai doer mais, porque já existe uma pressão provocada pelas fezes depositadas no canal do intestino. O mesmo ocorre se ela está muito tensa e não relaxa. 

3) É imprescindível estar relaxada porque qualquer possibilidade de penetração anal (com o dedo, objeto ou pênis) gera um espasmo (contração) dos músculos locais como se fosse uma defesa para não haver penetração. A dor acontece quando os parceiros não esperam até que esses músculos relaxem. O relaxamento depende da cumplicidade, confiança e do carinho. Só então deve haver a penetração. Desta forma, haverá ausência de desconforto local, relaxamento maior e regressiva dor muscular, o que facilitará a penetração.

4) O ideal é que quem está sendo penetrado comande os movimentos da penetração, pois, se o músculo anal se contrair, poderá provocar um profundo desconforto; se isso ocorrer, cabe ao parceiro ter a paciência de esperar a região relaxar novamente. 

5) Não se deve iniciar o sexo anal com o pênis. O ideal é começar com um dedo, depois introduzir dois dedos e assim por diante para se acostumar. 

6) Como o ânus não é lubrificado naturalmente como a vagina, o uso de lubrificantes é indispensável. Deve-se usar produtos à base de água, sem aditivos químicos, para evitar alergias e reações inflamatórias locais.

7) A posição mais indicada para principiantes ou para aqueles que sentem muita dor é lado a lado (¿colher de costas¿). A mais perigosa para os iniciantes no sexo anal e que se relacionam com parceiros estranhos, é a posição de quatro, pois nela o homem que penetra tem controle total da situação e pode não estar preocupado com a integridade física do outro. 

8) A mulher poderá chegar ao orgasmo, principalmente se houver a manipulação do clitóris durante a penetração. O importante é que a penetração aconteça de forma lenta e cuidadosa. Pode ser que a primeira tentativa não seja tão prazerosa.

9) É importante que os parceiros sexuais troquem o máximo de informações do que desejam: diga qual a velocidade de penetração que acha a mais correta e qual a profundidade. Também é preciso estar preparada para dizer para que o parceiro diminua a velocidade de penetração, mude de posição sexual e até pare totalmente o ato sexual. 

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